Lacieverso #16 || Hortênsias 7.3 - Desalento

Boas vindas, convidado! Hoje a festa do chá é recheada de doces e travessuras. Temos doces industrializados e também alguns salgadinhos, além de um ponche batizado para comemorarmos um pouco da festa sombria que nos afeta. Peguem seus baldes e vamos passear, hora de coletar alguns doces… Eu sou Lacie, e deixe-me contar-lhe uma história.

Como estamos? Há várias coisas nos bastidores que (ainda) não posso comentar, mas gostaria de mostrar o que fizemos essa semana! Teve o especial de Halloween, que está abaixo.

Feliz Halloween!

E agora, o capítulo de hoje:

Hortênsias

CAPÍTULO SETE

DESALENTO

— Ah não.

De alguma forma, Dave vocalizou minha própria decepção. A maquiagem dele estava um pouco borrada, mas aquele abraço parecia ter recuperado sua vivacidade.

— Eu não vou dormir com o Jesse, Alex. Não nessa vida, nem na próxima. Se arrume aí para ficar com seu namoradinho, e pare de o evitar.

— Dave.

— O quê...?

— Vocês são namorados? — Chase perguntou, com um pouco de esperança na voz.

Eu olhei de volta para Alex, que evitou meu olhar, e já que nenhum de nós tinha a resposta para aquela pergunta, ela pesou no ar, cheia de expectativas e sóis e buracos negros.

Eu me retesei.

— Bem, de qualquer forma, eu queria lavar o rosto. — Dave salvou o dia, e me puxou. — Jesse, você pode me emprestar umas roupas para dormir?

— Claro, claro.

— E quanto a mim? — Alex perguntou.

— Não acho que nada que eu tenha caiba em você, Alex. — Dei de ombros. — Mas posso procurar. Vamos para o meu quarto.

— Mitchell e eu voltaremos para o meu — Chase anunciou.

— Certo — e eu sorri. — Não faça muito barulho.

Para a minha surpresa, Chase não deixou barato:

— Nem você. Mamãe está em casa agora, lembre-se disso, e ela tem sono leve.

Eu corei, mas não era como se eu não fosse discretíssimo. Levei meus dois convidados para meu quarto, Dave pela segunda vez, que parecia se sentir muito em casa e começou a fuçar meu armário em busca de uma roupa limpa para a qual usar para dormir, enquanto Alex admirava a decoração, ou ao menos, a falta dela.

— O que achou?

— Do quê? — Ele se virou para mim.

— Do quarto.

Ele deu uma segunda olhada.

— Bem a sua cara.

Eu cruzei os braços.

— Não sei se isso foi um elogio...

— Não foi uma ofensa. Desculpe. Estou pensando em algo, não tive a intenção de ser rude.

— No que você está pens...

— Achei! — Dave anunciou, tirando do armário um conjunto de peças que eu realmente não me lembrava de possuir. — Preciso de um lugar para me trocar.

— Você pode se trocar aqui, ué. — Dei de ombros.

— Nem todos partilham do seu amor pela nudez, meu caro modelo vivo exibicionista.

— Eu sou da filosofia de que "o que é bonito é para se mostrar".

— Bem, eu sou da filosofia de que não quero mostrar todas as minhas cicatrizes e estrias para um bando de macho que não tem interesse em me pegar. Por favor, vocês podem sair do quarto para que eu possa me trocar? — ele revirou os olhos.

Ouvi uma batida de leve na porta, e a abri, para dar de cara com Mitchell.

Depois de todos esses anos, eu ainda...

— Jesse — a voz grave dele ecoou pelo meu quarto. — Acho que essas roupas servem no Alex. Prometo que estão limpas. E são confortáveis.

Alex se adiantou, vindo atrás de mim.

— Ah, muito obrigado!

— De nada. — Mitchell não sorriu. Era muito difícil ele sorrir para qualquer pessoa, a não ser Chase. Era como se reservasse sua felicidade para apenas uma pessoa em específico. — Chase pediu para avisar que está arrumando o sofá para o Dave também.

— Seu irmão é meio que incrível, viu, Jesse.

— Ele é.

E Mitchell deu um leve sorriso.

Droga.

— De qualquer forma, muito obrigado por hoje, Jesse. Foi muito importante para seu irmão.

— Certo. — Minha expressão estava fechada. — Temos que manter Chase feliz, não é mesmo?

— Jesse...

— Você já pode ir embora, Mitchell.

Ele assentiu, e fechou a porta atrás de si. Alex olhou para mim, e para Dave, e apenas bagunçou os meus cabelos.

— Vamos sair para que Dave possa se trocar? Você pode me levar para um banheiro?

— Claro, claro. — Abri a porta de novo, e com uma piscadela, Dave a fechou, e eu guiei Alex para o banheiro perto da escada, e ele entrou sozinho, e eu me escorei; contra essa porta.

Era difícil quando as memórias ameaçavam borbulhar de voltar. Como um cometa, mãos agarrando cinturas, o gosto ácido de bebida em lábios, e o olhar de decepção...

A verdade era que somente eu tinha me colocado naquela posição, e eu havia complicado tudo desnecessariamente.

E era tudo culpa minha.

Dave saiu primeiro do quarto, e foi em minha direção. Era muito estranho vê-lo com mangas curtas. Acho que era a primeira vez que o via daquela forma, e sem o binder, também, que ele carregava em mãos, junto com suas roupas. Ele parecia estar um tanto desconfortável, de uma forma geral.

— Você está bem?

Ele negou com a cabeça.

— É sempre assim num lugar novo?

— Eu tento me distrair... — Dave deu de ombros. — Mas às vezes é um pouco demais. Desculpa. Será que eu posso ficar jogando um pouco sozinho enquanto tento dormir? Acho que vai tirar minha cabeça dos pensamentos piores.

— Claro que pode.

— Prometo que coloco em um volume baixo.

— Não precisa se preocupar com isso...

E sem esperar uma resposta, Dave desceu as escadas, indo em direção ao andar de baixo e para a sala. Então era por isso que ele queria ficar com o sofá.

Bem, cada um com seus próprios buracos negros.

Alex deixou o banheiro alguns minutos depois.

— Dave...? — foi sua primeira inquisição.

— Já foi se deitar.

— Ah, claro. — Ele segurava as próprias roupas, as mãos estranhamente tensas. — Vamos dormir, então.

Admito que tinha um pouquinho de expectativa ali. Um raio de Sol. Era a sensação que Alex me trazia. Um calor igual a uma tarde de verão passada sobre a grama, então admiro que sim, quando entrei naquele quarto, estava pronto para tentar não fazer barulho algum para acordar a minha mãe. Para ser beijado, como fora na porta de entrada. E talvez algo a mais.

Mas Alex simplesmente colocou suas roupas em cima da escrivaninha. Alex sentou-se na cama, e colocou o celular ao lado da cabeça no travesseiro, e deitou-se. Tudo isso, sem sequer olhar para mim. Eclipsando-me.

— Alex?

Ele não respondeu de imediato, como se considerasse que a resposta para aquela pergunta tivesse várias camadas.

— Jesse...

— Hn?

— O que nós somos?

A pergunta pairou sobre nós como uma nuvem pesada de granizo, cheia de raios, pronta para um ataque. Eu fiquei quieto, atingindo por uma eletricidade. O que nós éramos? Eu não sabia. Eu não sabia. Eu não sabia. Minha respiração travou, e não conseguia sequer pensar, quanto mais falar.

Eu quero algo com Alex?

Bem, eu não não quero.

Mas...

Seria Alex o suficiente?

Não sabia quanto tempo fiquei em silêncio, mas ele me cortou antes que eu pudesse dizer algo.

— Ah, não se preocupe. Vamos dormir. Boa noite, Jesse.

E se virou de costas para mim. Eu permaneci na porta e subitamente, preso também no tempo. Estaria ele chateado comigo? Teria eu feito algo de errado?

Sentei-me na cama, próximo ao seu corpo, e busquei sua coxa nua com a mão. Alex foi rápido em tirá-la de mim.

— Hoje não, Jesse.

E aparentemente era final. Revi todas as minhas ações no dia, e não percebi nada de errado nelas. Fora alguma palavra errada? Foi o fato de meu irmão ter jogado com a gente? O namorado dele? Teria ele percebido algo? Teria ele notado... Foi minha culpa? Foi, mais uma vez, minha culpa?

Sem respostas, tentei me deitar a seu lado, e tocá-lo, mas ele se afastou um pouco mais. Ali estava Alex: a pessoa que, apesar de não compreender ainda a vastidão dos meus sentimentos, era quem eu mais queria no momento.

E ele estava me rejeitando.

Não sei precisar muito bem quanto tempo fiquei ali, no escuro, olhando suas costas. Só sei que quando meus olhos começaram a arder, decidi que não queria que ele me ouvisse chorar, e me levantei, pronto para fugir. Pronto para ir embora. Para a algum lugar. Não poderia usar a janela, então iria usar a porta de entrada. Qualquer lugar menos o berço de supernovas.

Ou iria ser esmagado bem ali.

Quando desci as escadas, ouvi o barulho bem baixinho do videogame, e aquilo atraiu a minha atenção. Não fazia ideia de que horas eram, mas eu não era o único insone. Com essa certeza, eu desci as escadas, e fui em direção ao sofá.

Dave estava sentado na cama improvisada, e jogava no PS5, vidrado na TV. Ele não pareceu surpreso ao me ver e se sentar ao seu lado, apenas suspirou:

— É, noite daquelas.

Eu não respondi, apenas abracei minhas pernas e fiquei olhando de soslaio enquanto Dave batia nos inimigos sombrios com sua espada em forma de chave.

— Vocês brigaram?

— Não sei.

Ele me olhou, e de alguma forma, eu sabia que ele me entendia.

— Acho que não saber é pior do que saber, né.

— Ele é sempre assim?

— Alex é uma pessoa difícil. Eu considero, na verdade, as pessoas um grau de dificuldade muito grande. Por isso prefiro bichos. Tente explicar isso na terapia, e receba um sermão por horas sobre ansiedade social.

— Entendo — mas na verdade, não entendia, não. Nunca havia feito terapia, ou chegado perto de um terapeuta. Havia chupado um psicólogo uma vez, aquilo contava?

— Acho que parte da culpa é minha. Eu que elevei suas expectativas.

— Não, não foi...

— Foi, pode admitir. Você estava praticamente esperando um pedido de namoro.

Fiquei em silêncio, mas no fundo, era um pouco de verdade.

— Não sei se aceitaria — confessei.

— Bem, isso é algo a se discutir. É por minha causa?

— Em parte. Se estamos sendo francos... Por que Alex é tão superprotetor com você? — A cena do ataque de pânico me veio à mente. — Foi por causa do acidente na Igreja?

Dave olhou para mim, e pausou o jogo. O pequeno avatar começou a girar repetidamente.

— Ah, isso certamente ajudou. Mas Alex se culpa porque eu fui estuprado aos treze anos pelo tutor que ele indicou, e aos dezesseis, eu tentei me matar na frente dele.

— O quê...

Ok. As coisas escalaram rápido demais, especialmente pelo modo que Dave falava como se fosse uma de suas histórias, algo que acontecera a outros e não consigo mesmo. Meu choque era tanto que não conseguia formular uma frase sequer, quanto mais um pensamento. Do mesmo jeito que uma metralhadora, Dave continuou atirando projéteis de culpa.

— Era um amigo dele, do grupinho punk e tal. Estava precisando do dinheiro. Eu era um alvo fácil. Estudava em casa, não tinha amigos, fora os virtuais. Dá nojo a forma como ele me tocava, como ele entrou na minha vida e ninguém percebeu. Como eu não deixei ninguém perceber...

Ele esfregou os pulsos e eu reparei a grande cicatriz que cortava sua pele.

Merda.

Era verdade, né?

— Bem, Alex tem alguns motivos para ser superprotetor. Mas prometo que não há sentimentos românticos entre nós agora. Somos apenas amigos. Ele me ajuda, e eu tento recompensar toda a ajuda imensa que ele fez na minha vida tentando trazer um milésimo da felicidade e gratitude que ele trouxe para a minha. — Dave sorriu. — Prometo que vou conversar com ele e tentar descobrir o que aconteceu. Quando ele está pensativo ele tende a se fechar, mesmo, e eu realmente torço para que vocês dois fiquem juntos. Sério. Eu não vejo problema nenhum nisso.

Minha respiração estava pesada. Era muita informação para se processar. Então Dave havia sido estuprado e havia tentado se matar? E ainda assim, conseguia torcer pela minha felicidade e a de Alex, como... Como alguém conseguia ser assim? Era como um Santo na Terra, incapaz de cometer erros ou falhas. Aguentava qualquer martírio. Um verdadeiro Jó.

Era impossível.

Eu não era capaz de ser uma pessoa igual, ou ao menos digna.

Enquanto Dave era capaz, mesmo com todos os seus problemas, de continuar sendo uma pessoa gentil e capaz de perdoar, eu era incapaz de perdoar as pessoas

mitchell

kurt

meu pai

por continuamente me abandonarem, e me afastava das pessoas que tentavam com afinco chegar perto de mim. Porque eu não prestava. E isso era um fato inegável, uma verdade absoluta que pairava no universo, assim como a Lua orbitava a Terra. E eu não tinha a capacidade de mudar.

Ficaria preso no frio da galáxia, e explodiria como uma supernova.

(levando todos consigo, deixando um buraco negro no lugar)

Não sei como deixei a sala, depois daquilo. Devo ter dito boa noite a Dave, e voltado ao andar de cima em silêncio, com o cuidado para não implodir no meio do caminho. Buracos negros costumavam levar tudo consigo quando explodiam, e eu sabia que aquelas pessoas não mereciam aquilo.

Quando eu cheguei no quarto, eu parei um pouco na entrada, encostando minha testa na porta. Minha respiração estava pesada, e eu queria, mais do que tudo, chorar. Gritar, espernear, explodir. Implodir.

Não fiz nada disso.

Ao invés disso, fiquei parado em frente à porta, com a respiração pesada, tentando não pensar, mas os pensamentos me invadiram mesmo assim.

Abracei-me, arranhando com força meus braços, criando veios vermelhos na superfície do meu planeta, o que costumava me aterrar. Claro, aquilo não era nada saudável, mas era melhor do que explodir externamente. Era melhor do que preocupar os outros.

— Jesse?

Ergui a cabeça e os olhos verdes de Alex encontraram os meus, cheios de preocupação e o cigarro aceso nos dedos denunciava que o Deus do Sono não havia visitado aquela casa naquela noite.

— Jesse? Está tudo bem? — ele repetiu, e eu apenas conseguia focar no âmbar aceso na ponta do cigarro que queimava e queimava e como eu queria queimar junto, me tornar cinzas e esquecer de todos os meus problemas, ser fumaça aspirada pelos pulmões de Alex, e quando ele findasse seu último suspiro, eu morreria junto com as células dele.

Era um pensamento meio mórbido.

Não consegui pronunciar uma palavra sequer. A visão de Alex em minha frente era tanto aterradora quanto o que eu esperava ver. Quase como uma prece. Um pequeno foguete lançado ao espaço em busca de vida inteligente. E como eu queria sentir isso: vida.

Eu queria uma prova que existia uma fagulha de vida ainda dentro de mim. Uma forma de comprovar que os pensamentos que preenchiam a minha mente não eram a verdade absoluta, e talvez uma maneira de os afastar. Uma esperança escapou dos meus dedos em um toque agressivo em minha pele, e Alex a segurou. O cigarro ficou pendurado em seus lábios, e então, caiu e se apagou.

E eu caí junto.

— Como você consegue? — Aquele eco amargo e vazio não era meu. Não mais alto que a minha respiração. Um vento frio a sair de mim iluminado pela parca luz estroboscópica que vinha das escadas, que tocavam o verde dos olhos de Alex e os transformavam em imagens cintilantes de estrelas cadentes azuis, vermelhas e incertas. Já eu, ficava bem com a noite. Nunca tive medo dela e de seus perigos. O que eu tinha medo era...

— Do que você está falando?

— Como você consegue aguentar tudo sem quebrar? — cuspi as palavras. Os ventos da tempestade,

supernova

e eu queria me derramar, implodir, explodir, gritar, espernear, correr e me libertar daquela dor. Como eu queria me despejar por inteiro naquela pessoa. Aquela constatação me assombrou. Alex tinha aquele tipo de atração magnética. Ele era o tipo em que as pessoas depositavam seus medos e esperanças, e ele os absorvia, e apoiava sem questão alguma. Era por isso que Dave ainda estava com ele. Era por isso que Alex era tão superprotetor.

Então, por que eu sentia tanta...

Inveja?

Queria que ele olhasse apenas para mim?

Queria aquele carinho direcionado apenas para a minha pessoa?

Senti uma leve pressão sob meu queixo e fui forçado a erguer o olhar. Alex me inspecionou.

— Jesse? Está tudo bem? Você está estranho.

E numa erupção, as palavras saíram uma atrás da outra, suas formas cortando a minha garganta, e quando mais eu falava, mais eu sangrava:

— Eu sei de tudo. Dave me contou o que aconteceu com ele. Com vocês; o motivo de você ficar tão em cima dele. Eu sei. Eu não sei o que fazer, eu... Eu não entendo.

Alex abriu a boca, e antes que ele pudesse me rejeitar, antes que as palavras dele me cortassem, eu corri. Ao menos, tentei correr. Meus passos começaram a me levar escada abaixo de novo, mas mãos firmes me agarraram pelos braços, e uma breve lembrança de uma noite de chuva preencheu as nossas mentes quando nossos corpos se encontraram. A fagulha acendeu mil Sóis e mil esperanças.

Ficamos assim parados, nossas tempestades se encontrando. Eu não ousava encontrar seu olhar, essa coragem correra escada abaixo e saíra pela porta. O enlace de Alex era carinhoso e desesperado ao mesmo tempo. Nós caímos no silêncio da noite, e quando ele me pegou pela mão, me levando pela janela e para o telhado, eu aproveitei o frio para não pensar.

Alex me puxou contra seu corpo, e ficamos abraçados. Minha respiração começava onde a dele terminava, e demorou alguns minutos até que ele falasse.

— Eu sinto muito.

— Por quê?

— Eu não sei exatamente o que Dave contou para você, mas não é a verdade. Ele tem a mania de... contar histórias, de vez em quando. E isso afeta a maioria das relações dele. Eu tenho que ficar de olho nessa mania dele. Achei que tinha melhorado depois de ter conhecido você. Acho que me enganei...

E ele deixou um suspiro escapar, me apertando em seguida.

— Por que ele mentiria sobre isso?

— Não sei. Mas vai ficar tudo bem. — Um novo aperto. Fechei os olhos, e escutei seu coração. As batidas eram embalar cósmico doce de perdão. Eu me encontrava confuso, excitado e carente, mas Alex conseguia me trazer uma sensação de paz inigualável. Eu encostei a cabeça em seu pescoço, me encaixando contra suas formas. Quase não ouvi sua última frase. — Vou fazer tudo ficar bem.

E aquela promessa não me pareceu vã.

Só abri os olhos quando o Sol finalmente nasceu.

Essa última cena é simplesmente a minha favorita. Basicamente escrevi Hortênsias baseada em duas cenas: a da ponte, e esta. Fico feliz que finalmente alcançamos esta cena, e a metade da história. Estou ansiosa para ouvir seus comentários, seja aqui no beehiiv quando no meu curiouscat, se preferirem anonimidade. Comentários são mais do que bem vindos! Alimente esta autora com biscoitos! Alternadamente, sempre estou online no Kaleidocosmik. Venham fazer parte dele!

Até semana que vem,

Lacie

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